sábado, 27 de fevereiro de 2010

Quero dizer que te amo. Mandar publicar nos jornais, que hoje me veio a coragem e a vontade da divulgação. Amo adivinhar segredos nas meninas dos teus olhos. Amo suas faces coradas, tuas formas tão incertas e a certeza da mais pura alma... estes pequenos encontros com Deus. Quero que saibam das violetas e do teu dom de cultivá-las. Quero que saibam dos teus canteiros de lírios, dos teu hibiscos, da gangorra no abacateiro, do teu regresso de menino. Quero que saibam das nossas letras nas fronhas, das flores amarelas no papel de seda, dos teus rascunhos, da conclusão. Quero que saibam dos passos ensaiados e dos poemas ocultos. Quero propagar o chumbo nas letras, tua colcha de retalhos, cerzir tuas artes coloridas. Quero que saibam do Drummond no criado mudo, da poesia me espreitando, da cor carmim e carvão à Marisa Monte, dos teus dedos no violão, dessa música que fertiliza meus dias, desse gosto requintado do meu bem. Não cabe calar-me, se te defino num artigo. E só voltar ao sossego depois da manchete em letras garrafais. E meu amor em negrito.

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