sábado, 23 de maio de 2009

Esse ar só me faz mal.
Parece descer ardendo em meus pulmões,
tirando toda a vida de dentro.
Quero só por um instante,
parar de respirar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Maldito coração.
Pudesse você beber ou chorar em meu lugar;
Pudesse você saber a dor que atrapalha meu caminhar;
Pudesse recolher as cinzas quando meu cigarro apagar.

Estranho coração.
Que não sente nunca satisfação;
Que se rompe em meio tanta perfeição;
Que me atormenta com essa constante indecisão.

Estúpido coração.
Que me lança sempre nesse inferno;
Que me leva junto ao tédio;
Que não me cobra exatidão.

Pobre coração.
Que leva sempre a culpa de meus erros,
Que toma o lugar de meus medos,
Que entra sem pensar, em minha própria escuridão.

domingo, 17 de maio de 2009

Mais surrealidade.

O invisível é muito mais fácil de se envolver.
Envolvemo-nos em sonhos, em planos, em pensamentos...
Tenho vivido momentos fantásticos de irrealidades, algo fora do normal,
estranho até.
Apoiar os pés no chão e a alma nas nuvens é algo completamente contraditório, mas sinto como se nunca tivesse alcançado tanto de mim.
Creio que existe algo além da mente, uma coisa que conseguimos alcançar se soubermos trabalhar nela. Acho que é nisso que os gênios se baseiam, e particularmente, não me acho boa o bastante pra chegar lá.
Mas a ideia é tentadora...
Nada que façamos é comparado a o que podemos chegar a ser.
Ilusão minha talvez, porém é inadmissível que eu desista de querer. Seja por minhas estúpidas e medíocres palavras, seja pelo extase que me encontro quando leio ou pelo transe que me choco quando paro pra meditar.
Eu só não posso parar!

sábado, 16 de maio de 2009

Quatro paredes...
Quatro paredes são, definitivamente, suficiente pra tudo.
Pra amar,
Pra jurar,
Pra mentir,
Pra gritar,
Pra chorar,
Pra esconder,
Enlouquecer,
Se matar.
Quatro paredes imóveis,
que movem seu mundo na melodia agoniante do silêncio.
Que transforma cada um num objeto banal,
facilmente vulnerável.
Movimentado pela terna sabedoria dos anjos.
Quatro paredes e uma história intocável...

(Jéssica Carolina)
Eu queria ter a resposta certa pra ter criado isso aqui. Acho que eu tô meio pirada esses dias e talvez precise de um lugar onde não tenha pessoas me vigiando. Acho que consigo, sei lá.
É estranho precisar de tantas coisas irreais num momento onde o mundo quer mudar o real. Na verdade não sei se meu grau de sanidade permite que eu faça essa comparação entre o que é real ou não. Acho que nenhum outro tipo de comparação. Odeio comparações, odeio o fato de sempre ter algo acima do que a gente acha que é. E odeio mais ainda não me sentir bem, mesmo com tudo no lugar e caminhando perfeitamente bem. Isso é algum tipo de psicotismo? sei lá. Martírio, talvez, hmm. Só não deve ser normal. Eu acho.