terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Existem coisas que a gente não sabe evitar,
uma palavra, um cheiro, um olhar.
E coisas também que a gente não consegue imaginar,
uma crítica, uma desilusão, uma falta de ar.
Desejo contido não vital...
Manda a mim, um veneno mortal,
De desejar aquilo, que não é normal.
Existem coisas que nem se deve pensar,
É proibido, libido, não se deve entrar...
Mas só de lembrar já sinto arrepio,
Será que não posso, nem mesmo falar?

sábado, 24 de outubro de 2009

Vivem no inferno e acham incrível.
Pisam nos outros e clamam por Deus.
Querem seguir o ódio invencível.
Criticam os erros e esquecem os seus.

Mentem secos, querendo destruir.
Rezam alto pra Deus tentar ouvir.
Guerreiam forte, sem alma ou pudor.
Vão à igreja e querem do Deus o valor .

São hipócritas e nem imaginam,
Pensam ser santos e aos outros dominam,
Querem ser salvos, com uma mera ilusão.
Que pecados lavados, ao céu levarão.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Haviam dois sopros de vento
Havia muito espaço e o que restava do tempo
Haviam duas pessoas e passos lentos
havia vontade e um turbilhão de pensamentos
Mas faltava coragem e momento
Haviam dois corações e um forte batimento
De um faltavam verdades, do outro conhecimento
O vento mudou o destino
O espaço apertou mas havia o tempo insistindo
As pessoas afastaram mas os passos continuaram seguindo
Tranportou-se a vontade mas o pensamento não cedeu
A coragem aumentou mas o momento morreu
O coração apenas pulsava, e o batimento era comum
As verdades sumiram e o outro virou 'nenhum'
Haviam dois sopros de vento...
Que surgiram, desejaram e sumiram,
Lento, lento, lento...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

você provoca, sem esperar a picada... sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno...
Em cada vida há um desejo inconstante que pulsa feito louco dentro do peito. Cada variação de alma é um traço novo para ele. Risca-se uma nova maneira maneira de viver e encontra-se por fim o que não é felicidade. Abstemo-nos do simples fato de não sermos óbvios e constantes!
As palavras saem como loucas da minha mente.
Não consigo manter o controle,
elas vão por conta própria.
Transbordam como uma bebida sem espaço na taça,
como a fumaça que sai tonta de todo fogo,
como minha vida que se transforma em cada variação de pensamento inerte.
Sinto raiva de te procurar em cada canto da cidade,
em cada droga, em cada olhar.
Sinto raiva de não saber te ignorar em minha mente,
e preservar sua estúpida imagem intacta em mim.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Se mate, me esqueça ou me deixe em paz.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Desde o sempre, pra sempre essa loucura infernal.
Sem fim nem começo, apenas uma vida ideal.
Sem medos, sem traumas, sem orgulho real.
Vivendo sem planos nesse mundo desigual.

terça-feira, 30 de junho de 2009

nada de textos.
essa insegurança e esse medo idiota que me invade hoje é maior que qualquer palavra.

sábado, 23 de maio de 2009

Esse ar só me faz mal.
Parece descer ardendo em meus pulmões,
tirando toda a vida de dentro.
Quero só por um instante,
parar de respirar.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Maldito coração.
Pudesse você beber ou chorar em meu lugar;
Pudesse você saber a dor que atrapalha meu caminhar;
Pudesse recolher as cinzas quando meu cigarro apagar.

Estranho coração.
Que não sente nunca satisfação;
Que se rompe em meio tanta perfeição;
Que me atormenta com essa constante indecisão.

Estúpido coração.
Que me lança sempre nesse inferno;
Que me leva junto ao tédio;
Que não me cobra exatidão.

Pobre coração.
Que leva sempre a culpa de meus erros,
Que toma o lugar de meus medos,
Que entra sem pensar, em minha própria escuridão.

domingo, 17 de maio de 2009

Mais surrealidade.

O invisível é muito mais fácil de se envolver.
Envolvemo-nos em sonhos, em planos, em pensamentos...
Tenho vivido momentos fantásticos de irrealidades, algo fora do normal,
estranho até.
Apoiar os pés no chão e a alma nas nuvens é algo completamente contraditório, mas sinto como se nunca tivesse alcançado tanto de mim.
Creio que existe algo além da mente, uma coisa que conseguimos alcançar se soubermos trabalhar nela. Acho que é nisso que os gênios se baseiam, e particularmente, não me acho boa o bastante pra chegar lá.
Mas a ideia é tentadora...
Nada que façamos é comparado a o que podemos chegar a ser.
Ilusão minha talvez, porém é inadmissível que eu desista de querer. Seja por minhas estúpidas e medíocres palavras, seja pelo extase que me encontro quando leio ou pelo transe que me choco quando paro pra meditar.
Eu só não posso parar!

sábado, 16 de maio de 2009

Quatro paredes...
Quatro paredes são, definitivamente, suficiente pra tudo.
Pra amar,
Pra jurar,
Pra mentir,
Pra gritar,
Pra chorar,
Pra esconder,
Enlouquecer,
Se matar.
Quatro paredes imóveis,
que movem seu mundo na melodia agoniante do silêncio.
Que transforma cada um num objeto banal,
facilmente vulnerável.
Movimentado pela terna sabedoria dos anjos.
Quatro paredes e uma história intocável...

(Jéssica Carolina)
Eu queria ter a resposta certa pra ter criado isso aqui. Acho que eu tô meio pirada esses dias e talvez precise de um lugar onde não tenha pessoas me vigiando. Acho que consigo, sei lá.
É estranho precisar de tantas coisas irreais num momento onde o mundo quer mudar o real. Na verdade não sei se meu grau de sanidade permite que eu faça essa comparação entre o que é real ou não. Acho que nenhum outro tipo de comparação. Odeio comparações, odeio o fato de sempre ter algo acima do que a gente acha que é. E odeio mais ainda não me sentir bem, mesmo com tudo no lugar e caminhando perfeitamente bem. Isso é algum tipo de psicotismo? sei lá. Martírio, talvez, hmm. Só não deve ser normal. Eu acho.